Com o que o Auxilio Brasil é mais gasto? O esforço para garantir a alimentação da família faz com que 76% dos beneficiários do Auxílio Brasil utilizem o benefício, em especial, para colocar comida em casa, segundo levantamento do Datafolha de 20 a 22 de setembro. Apesar dos esforços do governo para reduzir os preços dos combustíveis, isso não teve impacto direto nos gastos dos beneficiários, segundo o estudo.
Níveis recordes de dívida das famílias também levaram 11% a aproveitar o alívio antecipado da dívida. Em seguida, a compra de medicamentos (6%) e a compra de gás de cozinha (2%); outros encargos são cotados em 5%. Na pesquisa, 24% dos entrevistados afirmaram que alguém em casa recebe o Auxílio Brasil, enquanto 7% afirmaram receber o Vale do Gás Federal.
Mesmo com o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e a recente queda da inflação, pouco mais de um quarto (27%) do valor amostral do Datafolha, a quantidade de comida em casa era insuficiente. Esta taxa representa um decréscimo face ao verificado no final de julho (32,6%), mas é superior à registada em junho (25,9%), e é a segunda mais elevada da série iniciada em maio. Nos últimos meses, à medida que os alimentos ficam mais caros e a pobreza se torna mais visível nas esquinas das cidades brasileiras, a insegurança alimentar voltou ao centro do debate político.
Em junho passado, a segunda edição da Pesquisa Nacional de Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, da Rede Penssan, revelou que 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil – nível semelhante ao registrado em três décadas. atrás.. Em setembro, um desdobramento deste relatório mostrou que a fome já está perto de uma em cada três famílias brasileiras com crianças de até dez anos, principalmente em lares do Norte e Nordeste.
Dezenas de pessoas pedem comida e dinheiro nas portas das lojas, às vezes brigando por quem pode sentar ao lado das padarias. Muitas pessoas ajudam, mas no frio é difícil encontrar alguma coisa.
Um vídeo recente que se espalhou nas redes sociais também ajudou a trazer essa questão para o palco eleitoral. Na gravação, a bolsonarista informa à mulher que não receberá mais doações de alimentos por anunciar seu voto no ex-presidente Lula.
Nesta matéria, publicada pela primeira vez pelos Jornalistas Livres, a diarista Ilza Ramos Rodrigues, 52, é humilhada por um eleitor de Bolsonaro, que pergunta em quem ele vai votar na próxima eleição. O empresário mais tarde se desculpou pelo vídeo.
Esta semana, foi a vez do ministro da Economia, Paulo Guedes, aceitar o discurso que reduz o problema da escassez de alimentos: “São fatos econômicos, não servem para nada. A estratégia política é barulho: 33 milhões de pessoas morrem da fome. É mentira, é mentira. Não são números”, disse , em evento do setor automotivo em São Paulo.
Para a ativista Dalileia Lobo, que coordena um projeto de apoio a moradores de rua na cidade de São Paulo, o pós-pandemia pode acabar invisibilizando o problema. “Houve muito esforço e aumento de doações no início da epidemia, mas com o aumento de alimentos, as doações diminuíram, em um momento em que os alimentos são mais necessários”.
Apesar de tratar de temas semelhantes, os dados do relatório da Rede Penssan e da pesquisa Datafolha não permitem comparação: a pesquisa Pensann é uma amostra de domicílios que utilizam quatro categorias de insegurança alimentar: segurança alimentar, insegurança alimentar leve, insegurança alimentar moderada e insegurança alimentar grave. dificuldade. insegurança alimentar.
O Datafolha, por sua vez, é uma amostra de adultos brasileiros (16 anos ou mais). Outro ponto é que, na pesquisa desse instituto, a resposta é dada pelo que se pergunta sobre “insegurança alimentar” em uma pergunta.
Se você gosta de ler noticias de investimentos, dicas de economia e benefícios seja bem-vindo ao Manual do Idoso.