Cartão de débito para o novo Auxílio Brasil?
A intenção do governo com essa medida é facilitar o acesso dos beneficiários ao dinheiro, fazendo com que não haja mais a necessidade de saques.
Novas medidas ligadas ao Auxílio Brasil estão sendo estudadas pela equipe do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sua equipe também deseja disponibilizar um cartão de débito para todos os beneficiários, para que não fiquem reféns ao usar o aplicativo da Caixa Econômica Federal.
Infelizmente, essa ideia pode custar R$ 178 milhões só para imprimir os cartões.
A equipe justifica dizendo que a medida facilita o uso do recurso, pois ele será aceito em todos os estabelecimentos que aceitam cartões de débito. Além disso, os beneficiários que não tiverem celular, internet ou não souberem usar o aplicativo precisam sacar dinheiro no banco ou em casas lotéricas todo mês.
O cartão do programa já foi criado e emitido em julho pelo governo. Com ela é possível fazer compras e sacar dinheiro, mas a ferramenta só chegou a 21 milhões de beneficiários. É por isso que 12,5 milhões de pessoas ainda não o receberam.
Pontos ruim de usar cartão
O custo de confecção dos cartões é alto, mesmo que eles facilitem a vida dos brasileiros que recebem o auxílio. Segundo a Caixa, o lançamento tem, portanto, um preço unitário de R$ 14,24. Tudo isso seria financiado pelo Ministério da Cidadania. Os destinatários não teriam que pagar diretamente pelo lançamento de uma nova versão.
Se fossem emitidos os 12,5 milhões de cartões que faltam, o valor total da conta seria de R$ 178 milhões. De qualquer forma, ainda não há valores definidos para custos de projeto. O novo governo fará um pente fino para analisar os atuais beneficiários, pois a intenção é eliminar as fraudes.
A equipe de Lula também não informou se os cartões já disponibilizados permanecerão ou serão alterados. A medida seria necessária porque o Auxílio Brasil voltará a se chamar Bolsa Família. Nesse caso, se as 8,5 milhões de unidades já emitidas precisassem ser substituídas, isso custaria ao governo mais R$ 121 milhões, representando um investimento de R$ 299 milhões só para emitir esses cartões.
Entenda as diferenças entre Bolsa Família X Auxílio Brasil
O Auxílio Brasil atenderá inicialmente ao mesmo público do Bolsa Família. Em outubro, 14,6 milhões de famílias receberam o benefício. O governo promete chegar a 17 milhões até o final do ano.
Estes dois benefícios destinam-se a famílias em situação de pobreza extrema e de pobreza – esta última apenas se incluírem grávidas ou menores de 21 anos. No entanto, o decreto que regulamentou o Auxílio Brasil atualizou os valores para acomodar essas situações:
famílias em extrema pobreza: pessoas com renda per capita de até R$ 100 mensais (anteriormente o valor era de R$ 89)
famílias em situação de pobreza: com renda per capita entre R$ 100,01 e R$ 200 (o valor máximo anterior era de R$ 178)
VALOR DO BENEFÍCIO
O governo reajustou o valor médio do benefício pago em 17,84% para R$ 217,18.
Benefício básico pago a famílias em extrema pobreza sobe de R$ 89 no Bolsa Família para R$ 100 no Auxílio Brasil
Parcelas variáveis de R$ 41 passarão para R$ 49
O benefício variável associado a adolescentes varia de R$ 48 a R$ 57
O governo também promete pagar uma sobretaxa no Auxílio Brasil para aumentar o benefício para pelo menos R$ 400. Porém, esse “extra” ficou para dezembro e depende da aprovação da PEC Precatória. Mesmo assim, só será pago até o final de 2022 – a partir de 2023, caso não haja outra fonte de financiamento, o valor será devolvido ao benefício básico.
O cadastramento no Auxílio Brasil será feito da mesma forma que no Bolsa Família: por meio de cadastro unificado entre prefeituras e governos estaduais
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