Como investir em futebol. Cruzeiro, Botafogo e Vasco da Gama deixaram de ser administrados como clubes associativos e passaram a ser Sociedade Anônimas do Futebol, SAF. Este movimento abriu um precedente na história do futebol nacional, onde um único torcedor pode investir diretamente em um clube, sem programas de torcedores parceiros.
De acordo com a Lei 14.193/2021, que foi sancionada em 6 de agosto do ano passado, as Sociedades Societárias têm como objetivo transformar clubes em empresas e abrir espaço para aporte de capital.
Em comparação, a maioria dos clubes na Europa está estruturada como associações empresariais, enquanto no Brasil o modelo ainda está iniciando. Clubes que mantêm a estrutura de reuniões do Velho Continente não são diferentes da realidade. No entanto, há uma diferença entre a estrutura corporativa e a forma como os clubes são administrados.
Um bom exemplo é o Manchester United, da Inglaterra. Os Red Devils têm a maior capitalização de mercado do mundo de quase US$ 2 bilhões e estão listados na Bolsa de Valores de Nova York. A Juventus da Itália também tem um patrimônio líquido de cerca de 1 bilhão de euros e ações negociadas na bolsa de valores italiana.
Como investir em SAF’s
Para que brasileiros – pessoas físicas ou jurídicas – invistam em SAFs, é necessário comprar cotas de participação em seu capital social.
Outra possibilidade, voltada para grupos internacionais, inclui investir em BDRs (título de emissão brasileira que representa uma ação de companhia aberta sediada no exterior) . Os investidores também podem abrir contas com empresas de comércio estrangeiras e comprar ações desses clubes. O mais recomendado seria estabelecer uma empresa de investimentos no exterior e declarar adequadamente tal investimento no Brasil.
Vantagem de investir em SAFs
A principal vantagem dos clubes SAF é proporcionar um ambiente de negócios seguro e atrativo para investimentos, tanto na área jurídica quanto no modelo de negócios.
A difícil situação financeira em que muitos clubes se encontram pode favorecer a criação de novas empresas de clube, sejam as atividades consideradas “ativos estressados”, ou ativos estressados. Por exemplo, Botafogo, Cruzeiro e, por fim, Vasco da Gama venderam a maioria das ações para a SAF, 90%, 90% e 70% respectivamente, e seus novos proprietários assumiram a gestão do futebol.
O poder e poder de negociação dos clubes [em dificuldades financeiras] é enfraquecido e os valores envolvidos nas atividades comerciais ficam aquém do que significam as marcas e suas histórias. Os clubes de associados farão melhores conexões de negócios com potenciais investidores em seus SAFs quando equilibrarem seus fundos.
Detalhes no caso do Cruzeiro: a compra feita pelo ex-jogador Ronaldo Nazário se deu em troca da dívida do clube e o pagamento será feito apenas com os rendimentos futuros da organização.
Reestruturação
Um exemplo de como ficou difícil a situação financeira dos clubes durante o SAF pode ser visto no Figueirense, clube catarinense que entrou em processo de auxílio judiciário em julho.
A Jive Investments negociou uma reestruturação da dívida do clube, que atualmente disputa a Série C do Campeonato Brasileiro. O projeto foi realizado com o apoio financeiro do Figueirense Futebol Clube S.A.F., empresa criada para gerir a prática futebolística do clube.
A transação não inclui a venda da participação do Figueirense para a SAF ou qualquer Fundo de Investimento, mas uma linha de crédito para equilibrar as dívidas do clube e a disponibilização de fundos de investimento no futebol.
Com a regulamentação da Lei dos SAFs, as oportunidades nesse setor trarão maior segurança jurídica e conformidade financeira. Agora a Sociedade Anónima do Futebol pode ser reestruturada como qualquer outra empresa empresarial em dificuldade, pois o quadro regulamentar dá aos investidores a segurança necessária.
SE você gosta de ler noticias sobre investimentos, economia ou benefícios seja bem vindo ao Manual do Idoso.
