Saiba tudo sobre o projeto desenrola.
O novo programa do governo federal está previsto para começar em fevereiro e poderá atender 40 milhões de brasileiros.
O governo federal anunciou um novo programa de renegociação de dívidas que pode atingir 40 milhões de brasileiros. O programa, denominado Desenrola, terá como público-alvo pessoas com renda de até dois salários mínimos.
O Desenrola deve ser lançado em fevereiro para mutuários, e um fundo com recursos da União será usado para quitar dívidas em caso de inadimplência, reduzindo riscos para as instituições financeiras e tornando a categoria atrativa.
O programa era uma das promessas pré-eleitorais do atual presidente, e as negociações entre o Ministério da Fazenda, bancos e agências de crédito para a implantação da medida já estão bem avançadas.
Quem pode participar do Desenrolle
O Desenrola terá como público-alvo brasileiros e famílias que ganham até dois salários mínimos (atualmente até R$ 2.604) e são negativados, ou seja, já estão com o nome sujo.
O governo espera atingir de 35 a 40 milhões de pessoas nesse cenário.
Qualquer pessoa nesta faixa que aderir ao esquema terá apoio do Tesouro para cobrir eventuais inadimplências.
O Desenrola ainda deve abrir espaço para a segunda faixa de renda em condições diferenciadas, considerando aqueles que ganham mais de três salários mínimos (R$ 3.906). Nesse caso, não haveria ajuda do Tesouro e os próprios bancos assumiriam o risco.
As instituições financeiras que desejam participar do programa devem oferecer algum crédito para essa faixa como requisito para entrar na faixa de dois salários mínimos, o que praticamente não oferece risco ao banco.
Como deve funcionar o novo programa de renegociação de dívidas
Uma nova plataforma focada no Desenrola deve ser lançada até o mês que vem, permitindo a consulta gratuita do CPF do cidadão, incluindo débitos em aberto. As empresas participantes serão contatadas e terão que conceder um desconto para saldar esta dívida.
É nesse momento que os bancos começam a participar, oferecendo-se para assumir essa dívida. Quem oferecer as melhores condições será selecionado.
Segundo os técnicos do projeto Desenrola, a ideia é que integrantes da faixa de renda de até dois salários mínimos possam renegociar dívidas de até R$ 5 mil por pessoa.
Para que o programa não vire um incentivo à inadimplência e ao agravamento do cenário, pretende aceitar apenas dívidas contraídas até dezembro do ano passado.
Com recursos públicos, o governo federal criará uma espécie de garantia “colchão” para pagar as dívidas que não forem pagas, mesmo após a renegociação proposta pelo Desenrola Brasil. As mensalidades terão, teoricamente, taxas de juros menores, pois haverá a garantia do pagamento da dívida pela União.
Do outro lado da dívida, os credores poderão participar do programa e, portanto, receber até algum valor, se procederem a reduzir significativamente o valor do que é devido. Esta é uma condição inegociável para o governo federal.
O governo pretende estabelecer um limite para a dívida que pode entrar no programa. O valor, que ainda está em discussão, será levado em consideração após os descontos. Isso significa que se o credor tem R$ 2.000 para receber, mas aceita pagar uma fatura de R$ 1.000 (com “perdão” de 50%), esses mesmos R$ 1.000 contam para o limite.
Assim como em programas desse calibre, haverá um “prazo” para que os brasileiros indiquem quais dívidas entrarão no Desenrola, e também haverá um dia limite para os credores limitarem quais dívidas poderão entrar em negociação. Só poderão ser negociadas dívidas negociadas antes da data de lançamento do Desenrola Brasil.
O programa é um sinal de atenção a uma parcela muito importante da população: as mulheres, que são as pessoas mais endividadas do país.
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